O governador João Azevêdo (PSB) afirmou, em entrevista concedida ontem, que não pretende alterar o calendário para eventual desincompatibilização de auxiliares que planejam disputar o próximo pleito. Ao responder sobre o tema, o chefe do Executivo estadual reiterou que datas definidas existem para festas tradicionais, mas não para decisões na política. “Eu sempre digo que data marcada tem Natal, tem Ano-Novo, tem São João, tem São Pedro. Na política não. Na política a gente conversa e tudo tem sido acomodado”, declarou.
Questionado a respeito do deputado estadual Tião Gomes (PSB), que recentemente manifestou descontentamento público, Azevêdo atribuiu a queixa do parlamentar a um “interesse contrariado”. Sem detalhar qual teria sido o motivo exato da insatisfação, o governador limitou-se a dizer que divergências pontuais fazem parte do processo político e que o diálogo permanece aberto. “É natural que algumas pessoas fiquem contrariadas quando seu interesse não é atendido”, resumiu.
O governador reiterou que, até o momento, não há discussão dentro do grupo governista sobre antecipar o afastamento de secretários ou dirigentes que avaliaram concorrer a cargos eletivos. Segundo ele, qualquer movimentação ocorrerá dentro do prazo previsto pela legislação eleitoral. “Não existe essa pressa. Quando chegar o momento adequado, cada auxiliar decidirá se permanece ou se deixa o cargo para concorrer”, ressaltou.
Azevêdo também sublinhou que a gestão estadual continuará focada na execução de projetos e na prestação de serviços, independentemente do calendário partidário. Para o governador, a administração não pode ser paralisada por especulações eleitorais. Ainda de acordo com sua fala, possíveis substituições no primeiro escalão só serão tratadas quando houver decisão formal de candidaturas.
Em relação à base aliada na Assembleia Legislativa da Paraíba, o governador declarou que permanece sólida, apesar de manifestações pontuais de insatisfação. Ele afirmou que trabalha para manter a coesão do grupo e que as diferenças serão resolvidas por meio de conversa. “Temos uma base ampla e atuante. Divergências acontecem, mas buscamos equacionar tudo pelo diálogo”, concluiu.
Até o momento, Tião Gomes não comentou publicamente a declaração do governador sobre seu “interesse contrariado”.
Com informações de Paraibaonline



