As principais publicações brasileiras deram, nesta quinta-feira, 18 de dezembro de 2025, amplo espaço à aprovação, pelo Senado Federal, de um projeto de lei que altera critérios de dosimetria penal e, na prática, reduz punições para crimes relacionados aos atos de 8 de janeiro. A matéria, segundo os diários, pode beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros investigados pelos episódios de depredação em Brasília.

A União (PB)

O jornal paraibano abriu a capa informando que a proposta “passou no Senado” e enfatizou que as novas regras de dosimetria tendem a favorecer não apenas Bolsonaro, mas também outros detidos pelos atos de janeiro. A publicação salientou ainda que o texto segue agora para análise do Palácio do Planalto.

Folha de S.Paulo

A Folha apresentou manchete afirmando que o Senado aprovou o projeto que “encurta” eventual condenação do ex-mandatário. O diário paulista acrescentou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indica disposição para vetar pontos do dispositivo, cenário que pode provocar nova rodada de debates entre Executivo e Legislativo.

O Estado de S. Paulo

O Estadão destacou que a lei aprovada reduz penas e inclui Bolsonaro no rol de beneficiários. O veículo sublinhou que a votação foi concluída em tempo recorde, após articulação de parlamentares da base governista e da oposição, demonstrando convergência atípica na Casa.

O Globo (RJ)

No Rio de Janeiro, O Globo trouxe foco semelhante, apontando que a diminuição das penalidades alcança diretamente o ex-presidente. O jornal lembrou que as mudanças foram analisadas em regime de urgência, o que acelerou a tramitação e garantiu votação ainda na noite de quarta-feira.

Embora usem abordagens distintas, os quatro veículos convergem ao indicar que a proposta pode atenuar as consequências judiciais de Bolsonaro e de envolvidos nos eventos de 8 de janeiro. Todos sublinham, igualmente, que o texto só entrará em vigor caso seja sancionado por Lula ou, em caso de veto parcial ou total, se houver posterior derrubada do veto pelo Congresso.

Até o fechamento desta edição, o Palácio do Planalto não havia comentado oficialmente se manterá ou não o conteúdo aprovado pelos senadores.

Com informações de Paraibaonline