Um morador do bairro Planalto da Boa Esperança, em João Pessoa, foi morto a tiros na madrugada deste sábado (13) após ser sequestrado dentro de casa.

Segundo a Polícia Civil da Paraíba, David Henrique Silva Oliveira, de 24 anos, foi arrancado da residência por volta das 4h30, levado a uma área de ocupação no Colinas do Sul e executado com mais de 50 disparos de arma de fogo. No local do crime, peritos recolheram cápsulas de pistola e cartuchos de espingarda calibre 12, indicando que a vítima foi atingida na cabeça e no tronco.

Relatos policiais apontam que David era conhecido pelo apelido “Mago da Pop” e já havia sido alvo de ameaças de morte. Em razão dessas intimidações, ele se mudou temporariamente para o município de Nova Palmeira, no interior paraibano. Entretanto, retornou recentemente à capital.

O histórico da vítima inclui uma tentativa de homicídio anterior no próprio Colinas do Sul: ele sobreviveu a cinco disparos, passou por cirurgia e passou a utilizar uma bolsa de colostomia. David também era investigado por suposto envolvimento em um assassinato na região, conforme informou a corporação.

Na ocorrência deste sábado, os responsáveis pelo sequestro e pela execução utilizaram, de acordo com a perícia balística, ao menos uma pistola de calibre não revelado e uma espingarda calibre 12. As munições encontradas foram recolhidas e passarão por análise para tentar identificar a origem das armas.

O delegado encarregado do caso explicou que as circunstâncias do crime — invasão domiciliar, sequestro e execução sumária — sugerem ação premeditada. Entretanto, até o momento, não há confirmação sobre o número exato de suspeitos nem detalhes sobre a motivação concreta, além das desavenças anteriores atribuídas à vítima.

Imagens de câmeras de segurança nas proximidades do Planalto da Boa Esperança e do Colinas do Sul estão sendo recolhidas para auxiliar na identificação dos autores. A Polícia Civil também ouviu familiares e vizinhos para compreender a dinâmica do sequestro.

O corpo de David Henrique Silva Oliveira foi encaminhado ao Instituto de Polícia Científica (IPC) para exames de necropsia. O inquérito segue em andamento na Delegacia de Homicídios da capital, que solicita a colaboração de testemunhas e denúncias anônimas pelo telefone 197.

Com informações de Maispb