A Prefeitura de Lucena deu início, na manhã desta quarta-feira (1º), à terceira etapa da operação de retirada de comércios e construções erguidos sem autorização em área de terreno de marinha, na orla do município, no Litoral Norte da Paraíba.
Foram demolidas palhoças, estruturas de madeira e um trailer instalados em área pertencente à União. A Secretaria de Infraestrutura municipal apoiou a ação com um caminhão para remoção de mobiliário, dois caminhões-caçamba, uma retroescavadeira, uma pá carregadeira e dez operários responsáveis pela demolição e limpeza do local.
Todo o material de madeira recolhido será armazenado separadamente na sede da secretaria até que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) defina a destinação adequada. As concessionárias Energisa e Cagepa foram notificadas a interromper os serviços de energia elétrica e abastecimento de água nas estruturas irregulares.
A iniciativa faz parte de um conjunto de medidas voltadas à preservação ambiental e ao ordenamento da faixa litorânea, permitindo a manutenção apenas de instalações tradicionais comprovadamente utilizadas por pescadores locais como apoio à atividade pesqueira.
A operação decorre de acordo firmado em julho entre o Ministério Público Federal (MPF) e a Prefeitura de Lucena, que estabeleceu a desocupação integral da faixa de praia e o reforço na fiscalização de veículos nas areias.
De acordo com o cronograma, a próxima etapa de remoção está marcada para sexta-feira (3), no trecho compreendido entre Camaçari e o Centro de Lucena.
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O procurador da República João Raphael ressaltou que as ações são contínuas e têm o objetivo de evitar novos danos ambientais, coibir a ocupação ilegal e garantir o equilíbrio entre a proteção dos ecossistemas costeiros e atividades econômicas sustentáveis.
A operação contou com a participação da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), da Secretaria de Patrimônio da União (SPU), do Batalhão de Policiamento Ambiental, do Policiamento Turístico de Lucena, além das secretarias municipais de Meio Ambiente e Infraestrutura, Energisa e Cagepa.
Com informações de MaisPB
