Disponível desde 18 de novembro, data em que completa aniversário, o EP “Olhares Canibais” marca um novo capítulo na trajetória da cantora, compositora e multi-instrumentista paraibana Madu Ayá. O lançamento, composto por quatro faixas autorais, apresenta o amor como força que toca, fere e reconstrói, convidando o público a ouvir com o corpo e não apenas com os ouvidos.

Quatro canções, um percurso afetivo

A obra abre com “Braille”, produzida por Eduardo Araújo, que aborda o afeto a partir do tato, como se cada contato fosse uma leitura em relevo. Em seguida, “Volta” reflete a saudade e o desejo de permanência, enquanto “O Gosto dos Sais” traz o vestígio deixado na boca quando a história já acabou. A faixa-título “Olhares Canibais”, produzida, assim como as demais faixas, por Danyllo Xarles, encerra o EP ao tratar do amor que devora para depois renascer. A arte de capa, assinada pelo artista visual Dann Costara, utiliza cores quentes para representar a relação entre corpo, olhar e entrega.

Sensações além das palavras

Para Madu Ayá, o objetivo era criar um disco “para se ouvir com a pele”. Segundo a artista, determinadas paixões não passam pela razão, e sim pela superfície do corpo. Com isso, “Olhares Canibais” procura materializar cicatrizes, ausências e memórias em forma de canção, onde cada melodia carrega marcas, texturas e perfumes.

Trajetória da artista

Natural da Paraíba e registrada na Ordem dos Músicos do Brasil, Madu Ayá também integra a União Brasileira de Compositores. Formada em Odontologia pela Universidade Estadual da Paraíba, possui especialização em gestão pública pela Universidade Federal de Santa Maria e já atuou como secretária de Juventude do estado. No universo musical, começou na infância, passou por palcos e festivais em todo o país e foi semifinalista do Festival Nacional da Canção em 2018. Em 2025, retornará ao mesmo festival com a música “Pedaços”, sendo a única representante paraibana entre os selecionados.

Com mais de 1,6 milhão de reproduções nas plataformas digitais e ouvintes espalhados por 78 países, a artista consolida seu nome ao apresentar “Olhares Canibais” como experiência sensível, política e poética, em que cada faixa traduz o afeto como matéria viva.

Com informações de Maispb