A projeção das instituições financeiras para o desempenho da economia brasileira em 2025 voltou a subir. De acordo com o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (8), a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) avançou de 2,16% para 2,25%.
O levantamento, publicado semanalmente, reúne as expectativas de centenas de consultorias e bancos sobre os principais indicadores do país. O ajuste reflete avaliações mais favoráveis para o ritmo de serviços e indústria, que já haviam impulsionado a atividade no segundo trimestre, quando o PIB cresceu 0,4% segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Perspectivas para os próximos anos
Para 2026, o mercado projeta expansão de 1,8%, ante 1,78% na pesquisa anterior. Já as previsões para 2027 e 2028 foram mantidas em 1,84% e 2%, respectivamente. Se confirmadas, essas taxas darão continuidade à sequência de quatro anos de variação positiva registrada entre 2021 e 2024 – período que incluiu alta de 3,4% no ano passado.
Inflação dentro do intervalo da meta
No cenário de preços, a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025 recuou para 4,4%, contra 4,43% na semana anterior. Foi a quarta queda consecutiva, ocorrida após o resultado de outubro, mês em que a inflação oficial marcou 0,09%, a menor taxa para o período desde 1998.
As estimativas para 2026, 2027 e 2028 são de 4,16%, 3,8% e 3,5%, respectivamente, situando-se dentro do intervalo de tolerância da meta de 3% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que varia de 1,5% a 4,5%.
Dólar e juros
O câmbio também permaneceu em foco. A expectativa para a cotação do dólar no encerramento de 2025 segue em R$ 5,40, enquanto para o fim de 2026 a projeção é de R$ 5,50.
No campo monetário, o Comitê de Política Monetária (Copom) mantém a taxa Selic em 15% ao ano desde a reunião realizada no início de novembro. Analistas consultados pela pesquisa acreditam que o juro básico terminará 2025 nesse mesmo patamar, antes de recuar para 12,25% em 2026. Para 2027 e 2028, o Focus aponta reduções adicionais, para 10,5% e 9,5% ao ano, nessa ordem.
O Banco Central afirma que o ambiente externo incerto, sobretudo em relação à política econômica dos Estados Unidos, continua pressionando as condições financeiras globais. Internamente, mesmo com a desaceleração da atividade e a queda recente da inflação, a autoridade monetária avalia que os preços ainda superam a meta, o que justifica a manutenção de juros elevados por período prolongado.
O Copom volta a se reunir nesta terça-feira (9) e conclui o encontro na quarta (10). Até lá, o mercado monitora possíveis sinalizações sobre o próximo passo da política monetária.
Com informações de Agência Brasil



