FAGUNDES (PB) – A auxiliar de serviços gerais Adina Taline Silva, 29 anos, foi morta a facadas na manhã desta quinta-feira (11) dentro da casa onde vivia com a mãe, na cidade de Fagundes, Agreste da Paraíba. Segundo familiares, a vítima planejava ir à delegacia no mesmo dia para formalizar uma denúncia contra o ex-companheiro, identificado como Leonardo Lopes, apontado pela Polícia Civil como principal suspeito e que segue foragido.

A irmã da vítima, Cleide Nascimento, relatou que o casal manteve um relacionamento por cerca de dois anos marcado por idas e vindas. Na quarta-feira (10), Adina teria recebido novas ameaças de Leonardo após comunicar que não retomaria a relação. “Ele disse que, se ela não fosse dele, não seria de mais ninguém. Ela decidiu que hoje ficaria em casa para prestar queixa”, contou Cleide.

Invasão ao amanhecer

Por volta das 7h, Leonardo teria pulado o muro da residência, esperou o filho da vítima — um adolescente de 12 anos — sair para a escola e, em seguida, atacou a ex-companheira com vários golpes de faca. Durante a fuga, ainda quebrou o portão da frente, segundo testemunhas.

A mãe de Adina, a idosa Tereza do Nascimento, relatou ter ouvido os gritos da filha pedindo socorro. “Eu estava deitada quando escutei ela clamando por ajuda. Corri, mas ele já tinha esfaqueado minha filha e descia as escadas. Quebrou o portão e saiu correndo”, descreveu, emocionada. A vítima chegou a se levantar, mas caiu poucos metros adiante e morreu antes da chegada do socorro.

Suspeito foragido

Após o crime, Leonardo Lopes deixou o local a pé e, até o início da tarde desta quinta-feira, não havia sido localizado. Equipes da Polícia Militar realizaram buscas em áreas próximas, mas não obtiveram sucesso. O caso foi registrado na Delegacia de Queimadas, responsável pela investigação.

O corpo de Adina Taline Silva foi encaminhado para o Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol) de Campina Grande. A família aguarda liberação para o velório e sepultamento, que devem ocorrer em Fagundes.

A Polícia Civil informou que trabalha com a linha de feminicídio, tipificação aplicada quando o assassinato de uma mulher decorre de violência doméstica, menosprezo ou discriminação de gênero. Informações sobre o paradeiro do suspeito podem ser repassadas de forma anônima pelo telefone 197.

Com informações de G1