A escolha da advogada Amanda Monte para assumir a tesouraria do Partido dos Trabalhadores da Paraíba (PT-PB) foi interpretada como mais um passo na ascensão do Coletivo Celso Furtado – Construindo um novo Brasil, corrente interna capitaneada pelo ex-secretário estadual de Juventude do PT e pré-candidato a deputado federal Pedro Matias. A decisão, divulgada nesta semana, ocupa espaço estratégico na estrutura partidária e reforça o protagonismo da ala liderada pelo jovem dirigente.
Aos 27 anos, Amanda torna-se a primeira mulher jovem a comandar as finanças do PT não apenas no âmbito estadual, mas em toda a estrutura nacional do partido. O novo posto coroa uma trajetória que inclui a presidência do diretório municipal em Areia, participação nas últimas gestões das secretarias estaduais de Juventude e de Mulheres e o exercício da chefia de gabinete de Pedro Matias.
A nomeação ocorre em meio a discussões internas sobre o rumo da legenda nas eleições de 2026. Dirigentes locais avaliam que o ingresso de quadros jovens e técnicos atende à orientação nacional da sigla de renovar a militância e incorporar perfis conectados às demandas contemporâneas do país.
Para os integrantes do Coletivo Celso Furtado, o movimento consolida uma presença já percebida em debates programáticos, seminários de formação e articulações regionais. Segundo aliados, o grupo conquistou espaço junto à direção estadual ao defender processos de modernização da gestão partidária, com ênfase em transparência financeira e planejamento de longo prazo.
Internamente, correligionários destacam que a tesouraria desempenha um papel chave no fluxo de recursos, na elaboração de prestações de contas e na definição de prioridades orçamentárias para campanhas. Nesse contexto, a chegada de Amanda é vista como uma oportunidade para implementar métodos mais rígidos de controle e, ao mesmo tempo, abrir espaço para lideranças femininas na cúpula do partido.
Pedro Matias celebrou publicamente a decisão e apontou a nomeação como sinal da “força de um projeto coletivo” que, segundo ele, busca modernizar o PT paraibano. Já membros de outras correntes reconhecem o avanço do grupo, mas ressaltam que o processo de rearranjo interno ainda passará por novas etapas até a convenção partidária que definirá a chapa de 2026.
Além de fortalecer o coletivo, a escolha de Amanda reflete a estratégia da direção estadual de diversificar a ocupação de espaços de poder entre diferentes segmentos. Dirigentes argumentam que, ao abrir a tesouraria para uma militante jovem e oriunda do interior, o partido sinaliza compromisso com a pluralidade e com a descentralização de decisões.
Com a nova configuração, o Coletivo Celso Furtado amplia sua participação nos órgãos de direção, reforçando a presença em debates sobre finanças, formação política e organização de base. A expectativa é que a tesoureira comece a conduzir, nas próximas semanas, reuniões para atualizar o orçamento da sigla e preparar o cronograma financeiro para o próximo ciclo eleitoral.
O PT da Paraíba ainda pretende definir, até o fim do primeiro trimestre do ano que vem, o calendário de fóruns partidários que discutirão alianças e programas para 2026. Dentro desse cenário, a participação de Amanda Monte na tesouraria deverá influenciar diretamente a alocação dos recursos destinados às pré-candidaturas alinhadas ao seu grupo.
Com informações de Polemicaparaiba



