O Relatório de Gestão Fiscal do Tesouro Nacional, divulgado na terça-feira (21), mostra que o Governo da Paraíba destinou 46,41% da sua Receita Corrente Líquida (RCL) ao pagamento de servidores entre maio e agosto de 2025. O percentual coloca o estado na quarta posição entre as maiores despesas com pessoal nos Executivos estaduais.

O índice paraibano permanece dentro do limite de 49% fixado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), mantendo uma margem de 5,41 pontos percentuais. Em valores absolutos, o gasto do Poder Executivo alcançou R$ 9,42 bilhões no período analisado.

Distribuição entre ativos e inativos

Do total desembolsado, 72% referem-se a servidores em atividade e 28% a aposentados e pensionistas.

Comparativo nacional

Confira os percentuais de comprometimento da RCL dos Executivos estaduais no segundo quadrimestre de 2025:

  • Rio Grande do Norte – 55,73%
  • Minas Gerais – 48,52%
  • Mato Grosso do Sul – 46,90%
  • Paraíba – 46,41%
  • Acre – 46,59%
  • Tocantins – 45,69%
  • Roraima – 45,49%
  • Rio de Janeiro – 44,49%
  • Pernambuco – 42,65%
  • Rio Grande do Sul – 42,54%
  • Paraná – 42,23%
  • São Paulo – 42,01%
  • Amapá – 41,81%
  • Ceará – 41,59%
  • Alagoas – 41,58%
  • Bahia – 41,40%
  • Goiás – 39,86%
  • Pará – 39,48%
  • Distrito Federal – 38,95%
  • Piauí – 38,77%
  • Sergipe – 38,49%
  • Santa Catarina – 38,27%
  • Amazonas – 38,07%
  • Rondônia – 37,55%
  • Mato Grosso – 36,44%
  • Espírito Santo – 35,26%
  • Maranhão – 30,06%

Gastos dos demais poderes na Paraíba

No mesmo intervalo, o Tribunal de Justiça comprometeu 4,34% da RCL com salários, a Assembleia Legislativa 2,85% e o Ministério Público estadual 1,73%. Nenhum desses percentuais ultrapassou os tetos estabelecidos para cada poder pela LRF.

Dívida consolidada

O relatório também lista a composição da Dívida Consolidada Líquida (DCL) do estado: 64% correspondem a dívidas contratuais, 14% a dívida mobiliária e 22% a precatórios vencidos e ainda não quitados. O nível de endividamento permanece abaixo do limite de 200% da RCL.

Com essas informações, o Tesouro Nacional avalia periodicamente a capacidade de pagamento dos entes federativos e o cumprimento das normas da responsabilidade fiscal.

Com informações de G1