A rede pública da Paraíba concluiu, na última sexta-feira (21), o primeiro transplante de coração em paciente infantil já registrado no estado. A operação, coordenada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) e pela Central de Transplantes da Paraíba, representa um marco no atendimento de alta complexidade para crianças e adolescentes.
O órgão doado saiu do Hospital de Trauma de Campina Grande logo após a autorização familiar. O receptor é um adolescente de 14 anos, natural de Santana dos Garrotes, no Sertão, diagnosticado com uma cardiopatia rara que colocava sua vida em risco. A etapa cirúrgica foi realizada no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita, unidade de referência para procedimentos cardíacos.
Para viabilizar a chegada do jovem até a Região Metropolitana de João Pessoa, o Grupo de Resgate Aeromédico da Paraíba utilizou uma aeronave que partiu do Sertão com destino a Santa Rita. Em paralelo, o coração seguiu de helicóptero comandado pelo Grupo Tático Aéreo (GTA) da Secretaria de Segurança e Defesa Social (SESDS). A missão do GTA ganhou destaque por ter sido a primeira atuação prática da equipe após um treinamento específico concluído dois dias antes.
Além das forças aéreas, equipes terrestres do Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba e profissionais da própria SES participaram da logística, garantindo que os prazos de isquemia fossem respeitados e que o órgão chegasse em condições ideais para o transplante.
Com o procedimento bem-sucedido, a Paraíba adiciona mais um feito à sua lista de conquistas na área de transplantes em 2023. No início do ano, o estado já havia zerado a fila de espera por um coração, resultado de uma política de captação de doadores e investimentos em infraestrutura hospitalar. Dados oficiais indicam que, até o momento, 202 transplantes de diversos órgãos foram concluídos em território paraibano. Apesar do avanço, 806 pacientes ainda aguardam por tecidos ou órgãos compatíveis.
Autoridades de saúde celebraram a realização do primeiro transplante cardíaco em idade pediátrica como passo essencial para ampliar o acesso de crianças e adolescentes a tratamentos de alta complexidade dentro da própria Paraíba, evitando deslocamentos para outros estados e fortalecendo o sistema de saúde local.
Com informações de Clickpb



