O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta quarta-feira (10) que 91,2% dos óbitos registrados na Paraíba em 2024 tiveram origem natural. O percentual corresponde a 26.863 pessoas e supera tanto a média nacional, de 90,9%, quanto o índice do Nordeste, calculado em 87,3%.
Os dados integram as Estatísticas do Registro Civil, que contabilizam as declarações de óbito emitidas em todo o país. A comparação histórica mostra avanço dessa participação em solo paraibano: em 2004, as mortes por causas naturais representavam 89,8% do total, com 2.257 registros.
Mortes por causas externas
As ocorrências classificadas como causas externas — homicídios, suicídios, acidentes de trânsito, afogamentos, quedas acidentais e outras — corresponderam a 7,2% do total no estado em 2024, atingindo 2.123 pessoas. O resultado coloca a Paraíba como a 12ª unidade federativa com menor proporção de mortes não naturais e a segunda do Nordeste, atrás apenas do Rio Grande do Norte, cuja taxa ficou em 6,3%.
Crescimento dos óbitos totais
O número global de óbitos no estado avançou 6,4% em 2024. O movimento acompanha o cenário nacional, onde todos os 26 estados e o Distrito Federal registraram incrementos. Conforme o IBGE, na passagem de 2023 para 2024 a Paraíba computou aumento de 65.811 mortes, o sexto maior salto entre as unidades da federação, empatado com Tocantins.
No ano de referência, foram contabilizados 29.468 falecimentos. Desse montante, 54,2% (15.957) ocorreram entre homens, enquanto 45,8% (13.508) envolveram mulheres.
Distribuição etária
A análise por faixa etária indica predominância crescente de óbitos de pessoas com 60 anos ou mais. Em 2004, esse grupo respondia por 64% (14.405) dos registros; em 2014, por 67% (16,83) e, em 2024, por 71,3% (21.018).
Em sentido inverso, as mortes de crianças e adolescentes de até 14 anos recuaram. O percentual saiu de 7,2% (1.605) em 2004 para 3,8% (954) em 2014 e alcançou 2,5% (746) em 2024.
Com base nos indicadores, o IBGE reforça que a tendência de envelhecimento da população se reflete diretamente na distribuição das causas e das idades dos óbitos, enquanto as reduções entre as faixas mais jovens seguem associadas a avanços em políticas de saúde materno-infantil.
Com informações de Jornaldaparaiba



