Brasília – Uma sondagem do instituto Datafolha indica que 54% dos brasileiros acreditam que o ex-presidente Jair Bolsonaro tentou fugir do país, enquanto 33% atribuem a um “surto” o dano registrado na tornozeleira eletrônica que ele usava. O levantamento foi divulgado às vésperas da segunda-feira, 8 de dezembro, e mostra como a prisão preventiva determinada em 22 de novembro continua repercutindo na opinião pública.

Bolsonaro teve a detenção preventiva decretada após a Justiça apontar suspeita de violação das condições impostas pela tornozeleira eletrônica. O equipamento apresentou falha no rastreamento, fato que levou a Polícia Federal a relatar a possibilidade de retirada ou tentativa de rompimento. O Datafolha mediu a percepção popular sobre o episódio e constatou que pouco mais da metade dos entrevistados associa a pane a uma suposta tentativa de fuga. Já um terço considera que o ex-presidente sofreu um descontrole emocional, hipótese levantada pela defesa para justificar o rompimento do lacre.

Outro assunto que ganhou espaço no noticiário é a declaração de Flávio, que sinalizou haver um “preço” para abrir mão de sua candidatura. Ainda sem detalhar valores ou condições, o político afirmou que estaria disposto a desistir da disputa caso chegasse a um acordo considerado satisfatório. A fala repercutiu nos bastidores partidários e movimentou articulações a poucos meses do calendário oficial de convenções.

Na esfera internacional, destaque para a evolução da dívida pública global, que, segundo novas estimativas, está muito próxima de atingir o equivalente a 100% do Produto Interno Bruto mundial. Economistas veem o avanço do endividamento como reflexo de anos consecutivos de aumento dos gastos governamentais, impulsionados por pacotes de estímulo durante crises sanitárias e desafios geopolíticos. A marca histórica reforça alertas sobre a necessidade de frear déficits e revisar políticas fiscais em diversas nações.

Entre os demais tópicos que abrem a semana estão o cronograma de votação do Orçamento de 2026 no Congresso, debates sobre a reforma tributária no Senado e as negociações para encerrar as paralisações de servidores federais da área da saúde. Nos tribunais superiores, processos relacionados à desinformação nas redes sociais devem entrar na pauta nos próximos dias, mantendo a tensão entre plataformas digitais e autoridades judiciais.

A segunda-feira, portanto, começa com foco dividido entre a repercussão do caso Bolsonaro, as manobras eleitorais envolvendo Flávio, a preocupação com a escalada do endividamento mundial e a agenda política em Brasília. Os desdobramentos desses temas tendem a nortear o debate público ao longo da semana.

Com informações de Paraibaonline