A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (11), uma ação em Alagoa Nova, Brejo paraibano, para investigar uma mulher de 31 anos acusada de guardar, em meios digitais, fotos e vídeos de violência sexual contra crianças e adolescentes. A iniciativa corresponde à 12ª fase da Operação Kori, voltada ao combate desse tipo de crime.

Os agentes cumpriram um mandado de busca e apreensão na residência da investigada, expedido pela 3ª Vara Regional do Juízo de Garantias da Comarca de Campina Grande. A ordem judicial também autorizou a quebra do sigilo telemático da suspeita, permitindo a análise de dispositivos e contas virtuais utilizados por ela.

De acordo com o inquérito policial, há indícios de que o material de abuso infantil era armazenado em plataformas digitais controladas pela mulher, configurando violação à legislação penal brasileira. A posse, o armazenamento ou a distribuição desse tipo de conteúdo são enquadrados no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e podem resultar em penas de prisão.

Em nota oficial, a Polícia Federal destacou que a Operação Kori reúne “medidas estratégicas de repressão qualificada” contra crimes que atentam contra a dignidade sexual de menores. O órgão acrescentou que as ações seguem “os preceitos normativos vigentes e os fundamentos constitucionais do princípio da proteção integral”, previstos no ordenamento jurídico nacional e reafirmados pelo ECA.

A corporação não informou se a investigada foi detida nem detalhou o volume do material apreendido. A análise dos equipamentos recolhidos deverá subsidiar a continuidade das investigações, que podem resultar em novas diligências ou responsabilizações criminais, caso sejam confirmadas as suspeitas.

Nesta fase da operação, a PF enfatizou que seguirá monitorando possíveis redes de compartilhamento de conteúdo ilegal na internet, com o objetivo de identificar outros envolvidos e impedir a propagação das imagens.

O procedimento segue sob sigilo, e mais informações deverão ser divulgadas apenas após conclusão dos exames periciais e manifestação do Ministério Público.

Com informações de Maispb