A Polícia Federal (PF) concluiu um inquérito sobre suposta atuação de grupos criminosos no Rio de Janeiro e indiciou 18 pessoas, entre elas o ex-deputado estadual Thiego Raimundo de Oliveira Santos, conhecido politicamente como TH Joias. O resultado das investigações foi encaminhado em 13 de novembro de 2025 ao desembargador Macário Ramos Júdice Neto, da 1ª Seção Especializada do Tribunal, instância responsável por apreciar processos que envolvem autoridades com foro privilegiado.
De acordo com a corporação, a apuração foi conduzida pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), unidade da PF que atua especificamente no combate a organizações ligadas ao tráfico de drogas e a outros crimes conexos. A investigação apontou indícios de que o ex-parlamentar e os demais envolvidos mantinham vínculos com facções criminosas que operam em comunidades do estado.
Após meses de coleta de provas, que incluíram depoimentos, análise de dados telefônicos e diligências de campo, os policiais federais concluíram o relatório final do inquérito. Com o indiciamento, os autos foram remetidos ao Tribunal competente para que o Ministério Público avalie a possibilidade de oferecer denúncia. Caso a acusação seja formalizada e recebida, os réus passarão a responder processo na esfera criminal.
Fontes ligadas à investigação informaram que os indiciados podem ser enquadrados em crimes previstos na Lei de Organizações Criminosas. Contudo, a tipificação exata dependerá da análise do Ministério Público e da decisão do Judiciário. O conteúdo integral do relatório, que detalha as condutas atribuídas a cada suspeito, permanece sob sigilo para não comprometer etapas posteriores do procedimento.
O desembargador Macário Ramos Júdice Neto atuará como relator do caso e deverá determinar as próximas providências judiciais, como apreciação de eventuais pedidos de medidas cautelares, autorizações de novas quebras de sigilo ou a homologação de acordos de colaboração, se houver. Não há prazo definido para a manifestação do magistrado.
A defesa de Thiego Raimundo de Oliveira Santos foi procurada, mas, até o fechamento desta reportagem, não havia se pronunciado publicamente sobre o indiciamento. Já a Polícia Federal afirmou, em nota, que seguirá à disposição da Justiça para complementar as informações que forem solicitadas.
Com o indiciamento formalizado e o processo em tramitação, o caso permanece em sigilo judicial. Novas atualizações dependerão de decisões do Tribunal e de manifestações do Ministério Público nos próximos meses.
Com informações de Paraibaonline



