Um detento que cumpre pena em um presídio de segurança máxima em João Pessoa foi apontado pela Polícia Civil da Paraíba como responsável por ordenar dois assassinatos ocorridos em abril de 2025, no bairro Pedregal, em Campina Grande. As vítimas, identificadas como Douglas e Lindenberg Silva, foram mortas com mais de dez disparos de arma de fogo cada uma.
De acordo com o delegado Ramirez São Pedro, que conduz o inquérito, a conclusão sobre a autoria intelectual dos crimes surgiu após meses de trabalho do Serviço de Inteligência da corporação. A apuração reuniu depoimentos, análises de comunicação entre presos e laudos balísticos emitidos pelo Instituto de Polícia Científica (IPC).
Mesma arma usada nos dois ataques
A perícia realizada pelo IPC constatou que a mesma arma foi utilizada nos dois homicídios. O laudo balístico reforçou a tese de conexão entre os casos, levando os investigadores a buscarem quem teria fornecido ordens para a execução.
Segundo a Polícia Civil, os disparos que mataram Douglas e Lindenberg partiram dos mesmos executores. Após a identificação, a Justiça expediu mandados de prisão preventiva contra todos os envolvidos. Um dos atiradores foi localizado e levado para o Presídio do Serrotão, em Campina Grande. O segundo executor segue foragido.
Já o suposto mandante permanece recolhido no presídio de segurança máxima da capital, onde já cumpria pena por outro crime. As novas ordens de prisão foram cumpridas dentro da unidade, e ele passou a responder pelos dois homicídios registrados no interior do estado.
O delegado Ramirez São Pedro informou que a investigação prossegue para localizar o executor ainda foragido e esclarecer possíveis motivações. A principal linha de apuração leva em conta desavenças ligadas ao tráfico de drogas na região do Pedregal.
Informações sobre o paradeiro do suspeito foragido podem ser repassadas à Polícia Civil por meio do Disque-Denúncia 197. A ligação é gratuita e o sigilo do denunciante é garantido.
Com informações de G1
