Brasília – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quinta-feira (16) que a Polícia Federal retome as investigações sobre uma eventual interferência do ex-presidente Jair Bolsonaro na corporação.
A decisão atende a solicitação apresentada na quarta-feira (15) pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. O inquérito havia sido arquivado em março de 2022, quando a Polícia Federal concluiu não haver indícios de ingerência política.
Origem da apuração
A investigação começou após a saída de Sérgio Moro do Ministério da Justiça, em abril de 2020. Ao pedir demissão, Moro insinuou que Bolsonaro tentava influenciar o trabalho da PF ao substituir o então diretor-geral Maurício Valeixo, indicação do ex-ministro.
No pedido enviado ao STF, Gonet destacou uma mensagem de 22 de abril de 2020 na qual Bolsonaro avisou Moro sobre a demissão de Valeixo. No dia seguinte, o então presidente compartilhou uma reportagem sobre apurações da PF envolvendo deputados aliados.
Linhas de investigação
A Procuradoria-Geral da República quer esclarecer se houve de fato interferência e determinar possíveis conexões com outras frentes de investigação, incluindo:
Imagem: Reuters
- suposta “Abin paralela”;
- propagação de desinformação;
- uso da estrutura do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) em suposta trama golpista.
Com a autorização de Moraes, a Polícia Federal deve retomar a coleta de depoimentos e a análise de documentos relativos ao caso.
Com informações de Polêmica Paraíba



