Uma unidade de ensino erguida em 2014 na cidade de Teixeira, no Sertão da Paraíba, será colocada abaixo depois que laudos técnicos constataram falhas estruturais graves e iminente risco de desabamento. A construção, orçada em quase R$ 3 milhões, nunca chegou a receber estudantes.
De acordo com informações repassadas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), apenas 45% das etapas previstas originalmente foram concluídas, mesmo com 85% do valor total já quitado. O descompasso entre o desembolso financeiro e a execução da obra foi um dos motivos que levaram o ex-prefeito Edmilson Alves dos Reis, conhecido como “Nego de Guri”, a ser condenado por improbidade administrativa.
Obra parada há quase uma década
O prédio começou a ser levantado em 2014, mas, ao longo dos anos, a execução sofreu sucessivas interrupções. Sem uso e sem manutenção, a estrutura apresentava sinais de deterioração, como fissuras em vigas e infiltrações, apontam os laudos recentes.
Engenheiros contratados pela atual administração municipal avaliaram que qualquer tentativa de recuperação custaria mais caro do que erguer uma nova escola e não garantiria segurança plena. Diante do parecer técnico, o governo local decidiu pela demolição total do imóvel.
Responsabilidade e recursos
O FNDE informou que acompanha o caso desde o início e que os recursos transferidos ao município tinham o objetivo de ampliar a oferta de vagas na rede pública. Com o fracasso da obra, a autarquia aguarda a conclusão dos processos judiciais para definir medidas de ressarcimento ao erário.
Já a Prefeitura de Teixeira pretende elaborar um novo projeto para o terreno após a remoção dos escombros. Segundo a gestão atual, a prioridade é assegurar que o espaço volte a servir à comunidade escolar, mas ainda não há definição sobre prazos ou fontes de financiamento.
Enquanto isso, máquinas e operários deverão iniciar a derrubada do prédio nas próximas semanas, em data a ser anunciada. A área será isolada até que todo o material seja retirado, seguindo as normas de segurança e de descarte de entulho estabelecidas pela legislação.
O caso segue sob investigação de órgãos de controle, que apuram responsabilidades pelo prejuízo aos cofres públicos e pelo abandono da construção ao longo dos últimos anos.
Com informações de Paraibaonline



