O diretório estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) na Paraíba divulgou, nesta quarta-feira (10), uma nota pública para repudiar a investigação que envolve o presidente municipal da sigla em Lucena, Bruno Aldrin. O militante é alvo de uma operação da Polícia Federal que apura suspeita de armazenamento de material relacionado a abuso sexual infantil.
Assinada pela Executiva Estadual e pela presidente do partido no estado, a deputada estadual Cida Ramos, a manifestação classifica crimes contra crianças e adolescentes como “inadmissíveis” e incompatíveis com os princípios históricos da legenda, cujo discurso se baseia na defesa dos direitos humanos e na proteção integral da infância e juventude.
Diante da repercussão do caso, Aldrin solicitou seu afastamento imediato de todas as funções partidárias. De acordo com o comunicado, a decisão foi encaminhada ao diretório estadual para “resguardar a integridade do PT” enquanto o inquérito avança.
Com a licença do dirigente, a direção municipal em Lucena passa a ser conduzida interinamente pelo empresário do ramo farmacêutico João Serafim. A executiva acrescentou que a substituição tem caráter provisório, válido até a conclusão das investigações ou novas deliberações internas.
Nota mantém tom de tolerância zero
No texto, o partido afirma que “qualquer forma de exploração ou abuso sexual de crianças e adolescentes fere a ética, a justiça e a convivência democrática”. A sigla também garante que acompanhará todas as etapas do processo, exigindo “rigor absoluto” das autoridades e dos próprios mecanismos de controle internos.
Além do repúdio, o PT paraibano declara solidariedade às potenciais vítimas e reitera o comprometimento em “lutar incansavelmente contra a violência sexual” no estado. A nota é encerrada com a data de 10 de dezembro de 2025 e a assinatura da Executiva Estadual, sediada em João Pessoa.
A operação da Polícia Federal que mira Bruno Aldrin foi deflagrada na mesma semana e inclui a análise de material apreendido para confirmar ou descartar o crime de armazenamento de conteúdo de abuso sexual infantil. Até o momento, não há informações sobre eventual denúncia formal à Justiça ou medidas cautelares contra o investigado.
O partido declarou que disponibilizará todos os documentos solicitados pelas autoridades competentes e que colaborará com eventuais desdobramentos judiciais. Também reforçou que se mantém à disposição para prestar esclarecimentos públicos sempre que necessário, preservando a transparência e o compromisso com suas diretrizes programáticas.
O caso segue sob sigilo policial, e novas atualizações dependem da conclusão de perícias e depoimentos.
Com informações de Polemicaparaiba



