O programa Antes Que Aconteça apresentou nesta sexta-feira (5) ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o relatório atualizado sobre a implantação das Salas Lilás na Paraíba. O documento reúne números e detalha o funcionamento dos espaços criados para acolher vítimas de violência.
Assinado pela senadora Daniella Ribeiro (PP), coordenadora nacional da iniciativa, o relatório foi entregue pela coordenadora estadual, Camila Mariz, durante solenidade realizada no Centro Integrado de Comando e Controle, em João Pessoa. O evento também marcou o repasse de novas viaturas ao Corpo de Bombeiros Militar e contou com a presença do governador João Azevêdo (PSB).
Acolhimento em expansão
De acordo com o levantamento, as duas unidades vinculadas ao Ministério da Justiça — uma em João Pessoa e outra em Campina Grande — somaram 649 atendimentos até novembro. A capital, onde o serviço funciona 24 horas por dia, respondeu por 539 acolhimentos. Já Campina Grande, que recebeu a estrutura alguns meses depois, registrou 110 atendimentos no mesmo período.
Os dados, segundo o relatório, demonstram a efetividade do modelo e ressaltam a necessidade de ambientes seguros para que mulheres, meninas e meninos possam relatar situações de violência e receber encaminhamento adequado. Os espaços oferecem acolhimento humanizado, escuta qualificada e orientação imediata.
Pioneirismo e próximos passos
A primeira Sala Lilás ligada ao Ministério da Justiça foi inaugurada em João Pessoa. Pouco tempo depois, o formato foi reproduzido em Campina Grande, colocando a Paraíba na dianteira da adoção desse tipo de estrutura voltada à proteção de vítimas.
“Nesses espaços, as vítimas têm encontrado apoio sensível e atendimento humanizado, consolidando as Salas Lilás como um ponto seguro dentro da nossa rede de proteção”, destacou Camila Mariz durante a cerimônia.
Além dos números já alcançados, o relatório projeta a criação de outras 50 Salas Lilás em diferentes regiões do estado. O objetivo é ampliar a capilaridade da rede de proteção, oferecendo respostas mais ágeis e eficazes à população paraibana.
Cada novo acolhimento, como reforça o documento, representa uma história interrompida de violência e sublinha a importância de políticas públicas voltadas à escuta qualificada e ao encaminhamento imediato das vítimas.
Com informações de Maispb



