O ex-governador da Paraíba e pré-candidato a deputado federal pelo PT, Ricardo Coutinho, afirmou nesta quarta-feira, 26, que não mantém ressentimentos em relação ao ex-prefeito de Sousa Fábio Tyrone (PSB). A declaração foi feita durante entrevista ao programa Olho Vivo, da Rede Diário do Sertão.
Coutinho e Tyrone foram aliados quando o petista ainda integrava o PSB. Em 2016, o então governador lançou Tyrone como candidato de oposição à prefeitura de Sousa, apoio que resultou na vitória do socialista no pleito municipal.
O distanciamento entre os dois começou em 2019, ano em que Ricardo Coutinho passou a ser investigado na Operação Calvário. Na mesma época, o PSB na Paraíba rachou: parte dos filiados migrou para a base do atual governador João Azevêdo (PSB), reeleito em 2022, enquanto outra parcela permaneceu ligada a Coutinho. Desde então, o ex-governador deixou o partido e se filiou ao PT, ao passo que Tyrone permaneceu no PSB.
“Não tenho contato porque ele tomou o caminho que julgou mais adequado para ele e eu continuo no mesmo caminho”, explicou Coutinho, destacando que a decisão de cada político seguir rumos distintos não gerou mágoas pessoais.
O ex-governador aproveitou a entrevista para reiterar o que classifica como sua principal marca na vida pública: a coerência. “Eu gosto da minha coerência, luto para mantê-la. Não digo uma coisa numa plateia e outra em circunstância diferente. Se chegar a um ambiente hostil às minhas ideias, vou continuar defendendo as mesmas posições”, declarou.
Para Coutinho, a postura firme pode, em alguns momentos, desagradar adversários. “Por isso alguns não gostam muito de mim, mas prefiro ser honesto para que as pessoas saibam com quem estão lidando”, concluiu.
Ricardo Coutinho e Fábio Tyrone pretendem disputar em 2022 vagas na Câmara dos Deputados. Ambos já iniciaram articulações políticas focadas no Sertão paraibano, região onde consolidaram suas bases eleitorais.
Sem previsão de reaproximação, as duas lideranças devem travar embates indiretos durante a campanha. Até o momento, contudo, não há sinal de troca de críticas públicas entre os ex-aliados, que se limitam a enfatizar suas trajetórias e escolhas partidárias.
Com informações de Diariodosertao



