O senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) declarou, nesta sexta-feira (21), que mantém preferência pelo nome de Rodrigo Pacheco para ocupar a cadeira a ser aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) com a aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso. A manifestação ocorreu durante entrevista ao programa Arapuan Verdade e reforça posicionamento já externado pelo também paraibano Efraim Filho (União Brasil-PB).
Ao endossar o colega de bancada, Veneziano classificou Pacheco como “reto, firme e equilibrado” e ressaltou que o Senado, de modo geral, nutre simpatia pelo atual presidente da Casa. “Até o presidente Lula sabia da predileção do Senado por Rodrigo Pacheco”, afirmou. Segundo o parlamentar, o MDB ainda se reunirá na próxima semana para definir orientação oficial na sabatina, mas a indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, “encontrará resistências maiores”.
Com a posição, Veneziano e Efraim alinham-se ao presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que também demonstra preferência por Pacheco. O Palácio do Planalto, entretanto, formalizou na quinta-feira (20) o nome de Messias como escolha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a vaga no Supremo.
Trajetórias colocadas lado a lado
Apoiado por parte significativa do Senado, Rodrigo Pacheco nasceu em Porto Velho (RO) em novembro de 1976, é advogado criminalista e ex-presidente do Senado. Foi o mais jovem conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entre 2013 e 2015, exerceu mandato de deputado federal por Minas Gerais e comandou a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
Jorge Rodrigo Araújo Messias, por sua vez, tem 45 anos, é pernambucano e ocupa a Advocacia-Geral da União desde janeiro de 2023. Servidor público desde 2007, atuou em órgãos como Banco Central e BNDES, além de integrar a equipe de transição do atual governo antes da posse presidencial.
Próximos passos do processo de indicação
De acordo com a Constituição, o indicado pelo Executivo precisa ser sabatinado por 27 senadores da CCJ. Para ter o nome confirmado, é necessário obter maioria simples na comissão e, posteriormente, pelo menos 41 votos favoráveis no Plenário, que conta com 81 parlamentares.
O MDB, partido de Veneziano, pretende discutir internamente o tema nos próximos dias, enquanto outras bancadas também devem deliberar sobre a votação. A expectativa é que o cronograma da sabatina seja definido tão logo o Senado receba oficialmente a indicação de Messias.
Com informações de Clickpb



