Um homem identificado como Gilmar Alves, contratado pela Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande, foi preso na manhã desta quarta-feira (17) após ser apontado como autor de uma tentativa de feminicídio contra uma mulher de 25 anos. O crime ocorreu na madrugada do mesmo dia, no município do Agreste paraibano.

De acordo com informações repassadas pela Delegacia de Polícia Civil, o suspeito teria esfaqueado a vítima no rosto, no braço e no tórax. A agressão ocorreu dentro da residência onde a mulher vive. Segundo a delegada Karine Vasconcelos, responsável pela investigação, o homem não aceitava o fim do relacionamento e já havia sido denunciado por agressão em 2024, quando a vítima registrou boletim de ocorrência.

Vítima conseguiu pedir ajuda

Mesmo ferida, a jovem conseguiu buscar socorro em uma casa vizinha. Ela foi encaminhada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande, onde permanece internada na ala vermelha. O quadro de saúde é considerado estável, mas requer monitoramento.

Fuga e prisão

Após o crime, Gilmar Alves fugiu. Equipes da Polícia Militar foram acionadas e iniciaram diligências durante a madrugada. O suspeito acabou localizado na manhã desta quarta-feira (17) e recebeu voz de prisão em flagrante. Ele foi conduzido para a Central de Polícia Civil e deve responder por tentativa de feminicídio, crime previsto no artigo 121, §2º, inciso VI, do Código Penal, combinado com a Lei 13.104/2015.

Exoneração imediata

A Prefeitura de Campina Grande confirmou que o investigado era servidor contratado da Secretaria de Saúde e informou, por meio de nota, que sua exoneração foi publicada assim que o caso se tornou público. Segundo o comunicado, a administração municipal “repudia qualquer ato de violência contra a mulher” e colocará a Procuradoria-Geral do Município à disposição das autoridades para colaborar com a investigação.

Ainda conforme a Polícia Civil, novas oitivas serão realizadas para detalhar a dinâmica da agressão e reunir provas, entre elas laudos médicos e perícias no local do crime. A defesa do suspeito não havia se manifestado até o fechamento desta reportagem.

O inquérito seguirá na Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) de Campina Grande. Caso a tentativa de feminicídio seja confirmada, a pena pode chegar a 20 anos de reclusão, aplicada de forma proporcional à gravidade das lesões.

Com informações de Jornaldaparaiba