A Executiva Nacional do União Brasil decidiu, na tarde desta segunda-feira (8), expulsar o deputado federal e ministro do Turismo, Celso Sabino, cancelando sua filiação ao partido.
A medida foi aprovada depois de Sabino manter-se no comando da pasta mesmo após a sigla determinar, em setembro, que todos os filiados com cargos ou funções comissionadas no governo federal pedissem exoneração. A orientação atinge integrantes da administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em nota, o União Brasil afirmou que a punição tem origem em representação interna protocolada contra o parlamentar. “A expulsão decorre de uma representação apresentada contra Sabino, que permaneceu no governo federal, em atitude contrária a uma determinação do partido anunciada em setembro envolvendo todos os filiados”, comunicou a legenda.
Sabino reagiu publicamente. Pelas redes sociais, disse que optou por não deixar o Ministério do Turismo para evitar a interrupção de programas em andamento, sobretudo às vésperas da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), prevista para ocorrer em 2025 no Pará, seu estado de origem.
“Minha exclusão do quadro do partido deu-se pelo fato de eu continuar ajudando o Pará, de eu continuar trabalhando no Ministério do Turismo servindo ao Brasil, optando pela escolha que eu entendo, e que a grande maioria dos brasileiros entende, ser o melhor projeto para o país, que é o projeto comandado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, declarou.
O ministro acrescentou que deixa o União Brasil “de cabeça erguida e com ficha limpa”. Ele relatou ainda ter recebido prazo de 24 horas para solicitar exoneração, mas optou por permanecer. “Faltando menos de um mês para a COP30, eu não teria essa irresponsabilidade de fazer isso”, afirmou.
Intervenção no diretório paraense
Além da expulsão do ministro, o União Brasil decidiu intervir no Diretório Estadual do Pará. A instância passa a ser comandada por uma Comissão Executiva Interventora designada pela direção nacional. Para Sabino, a iniciativa foi “injusta e equivocada”.
“Intervieram sem que o diretório tivesse cometido qualquer infração regimental ou descumprido determinações do partido. É uma decisão injusta e até absurda. O diretório foi eleito regimentalmente, respeitando todas as regras, e possuía uma cadeia sucessória”, criticou.
Com a saída de Sabino, o União Brasil ainda não informou quem assumirá a liderança do partido no estado nem se haverá novas sanções a outros filiados que ocupam cargos federais. No Ministério do Turismo, o parlamentar continua no cargo, uma vez que a permanência depende exclusivamente do presidente da República.
Com informações de Polemicaparaiba



