O União Brasil confirmou, nesta segunda-feira (8), a expulsão do deputado federal e ministro do Turismo, Celso Sabino, por ele não ter seguido a determinação da legenda de abandonar o primeiro escalão do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão interna que exigia o afastamento de filiados com cargos na Esplanada havia sido aprovada em setembro deste ano.
Na ocasião, o partido comunicou publicamente que deixaria a administração federal e orientou todos os detentores de mandato a entregarem postos executivos. A resolução mirou diretamente Sabino, responsável pela pasta do Turismo desde agosto de 2023, mas preservou indicações políticas sem mandato eletivo, permitindo que assessores e ocupantes de cargos técnicos continuassem em funções que não exigem filiação partidária.
Mesmo diante do ultimato, Sabino permaneceu à frente do ministério, alegando, em entrevistas concedidas ao longo das últimas semanas, que seu trabalho era “técnico” e “voltado ao interesse do país”. A permanência foi interpretada pela direção nacional do União Brasil como afronta à disciplina partidária, culminando na abertura de processo que, agora, se encerra com a expulsão formal.
Com a medida, o deputado perde filiação ao partido, mas mantém o mandato na Câmara dos Deputados, já que o Brasil adota o sistema proporcional, no qual o mandato pertence ao parlamentar. Ainda assim, a sigla pode reivindicar o mandato por infidelidade partidária, caso opte por acionar a Justiça Eleitoral, possibilidade que não foi mencionada no comunicado sobre a punição divulgado nesta segunda.
A saída de Sabino aprofunda o racha entre União Brasil e o Palácio do Planalto, iniciado quando a legenda anunciou adesão à oposição em setembro. Na ocasião, dirigentes justificaram o desembarque dizendo que o partido precisava adotar postura mais independente em relação ao Executivo.
Até o fechamento deste texto, Celso Sabino não havia divulgado nota oficial sobre a decisão. Representantes do União Brasil informaram apenas que a punição segue o estatuto interno e que outras eventuais sanções a filiados que descumprirem a resolução serão avaliadas caso a caso.
Com informações de Paraibaonline



