Pedidos de cassação de Kim Kataguiri travam na CâmaraLauro jardim

Kim Kataguiri | Reprodução

Enquanto Arthur do Val, o Mamãe Falei, enfrenta uma série de pedidos de cassação devido aos áudios sexistas em que define as mulheres ucranianas “fáceis porque são pobres”, os requerimentos de cassação contra outro integrante do MBL também por declarações errôneas adormecem na Câmara.

Prestes a completar um mês, a lista de pedidos de cassação do mandato parlamentar contra o deputado federal Kim Kataguiri (Podemos-SP) pelas falas com suposta apologia ao nazismo no canal Flow Podcast ainda não chegaram ao Conselho de Ética.

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No último dia 7 de fevereiro, em uma participação no podcast, Kim disse achar errada a criminalização do nazismo na Alemanha após a Segunda Guerra Mundial:

– O que eu defendo que acredito que o Monark também defenda, é que por mais absurdo, idiota, antidemocrático, bizarro, tosco que o sujeito defenda, isso não deve ser crime. Porque a melhor maneira de você reprimir uma ideia é… é você dando luz naquela ideia, para ela seja rechaçada socialmente e então socialmente rejeitada.

Ao ser revelada, a declaração entrou na mira de partidos que ameaçaram a entrar com pedidos de cassação e de renúncia. Deputados do PT, do PP e do PSL, incluindo Eduardo Bolsonaro, e o senador Renan Calheiros (MDB-AL) defenderam que o parlamentar fosse cassado. Apesar do barulho, a Câmara só recebeu representações do PT e do PP.

Paulo Azi, presidente do Conselho de Ética, alega não ter recebido nenhuma representação contra Kim já que Arthur Lira, presidente da Câmara, não deliberou sobre os pedidos.

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Pelo regimento interno da Câmara, as denúncias apresentadas por partidos políticos contra deputados não precisam passar pela Corregedoria ou pela Mesa Diretora. Elas são encaminhadas diretamente para o Conselho de Ética dar prosseguimento ao processo. Nestes casos, o Conselho vota primeiro um parecer preliminar e pode concluir pelo andamento ou arquivamento definitivo da denúncia.