A Justiça Federal na Paraíba aceitou denúncia do Ministério Público Federal (MPF) e transformou em réus Arlan Ferreira, Paulo Henrique Carneiro e Carlos Alexandre de Lima, apontados como integrantes de um esquema de distribuição de cédulas falsas em Campina Grande.

O despacho, assinado pelo juiz Vinícius Costa Vidor, da 4ª Vara Federal, recebeu integralmente a acusação apresentada pelo MPF. Segundo a denúncia, o trio formava uma organização criminosa que comprava produtos de baixo valor em comércios locais usando notas falsificadas para receber troco em dinheiro legítimo.

Planejamento e expansão

Conforme a investigação, os suspeitos planejavam as ações com antecedência, discutindo rotas, cidades e estabelecimentos mais vulneráveis. Mensagens e áudios trocados em aplicativos de celular, inclusive em um grupo de WhatsApp criado dias antes dos crimes, serviram como prova do conluio.

O MPF afirma que o grupo pretendia estender a prática, inicialmente concentrada em Campina Grande, para João Pessoa (PB) e para as cidades de Natal e Caicó, no Rio Grande do Norte.

Uso de disfarces e movimentação financeira

Para dificultar a identificação por câmeras de segurança, os investigados utilizavam disfarces ao entrar nos estabelecimentos. Imagens obtidas em um shopping de Campina Grande mostram a chegada dos três em um veículo que, de acordo com a investigação, foi empregado em outras ações semelhantes.

A apuração também identificou movimentações financeiras suspeitas em uma casa lotérica e transferências via PIX entre os envolvidos.

Prazos processuais

Com a abertura da ação penal, o juiz concedeu prazo de 10 dias para que os réus apresentem defesa. Caso não haja manifestação, a Defensoria Pública da União assumirá a representação dos acusados.

Com informações de g1.globo.com